Morreu às 8h desta quarta-feira (8) o cantor Wando. Ele estava com 66 anos e foi internado no dia 27 de janeiro com problemas cardíacos graves no Hospital Biocor, em Nova Lima, em Minas Gerais. Após passar por uma angiolplastia, que reduziu significativamente o risco de morte, o cantor apresentou uma melhora, mas sofreu uma parada cardíaca.
De acordo com a nota oficial do hospital, também assinada por familiares do cantor, houve um súbito agravamento do quadro clínico por volta das 5h40. "Agradecemos o carinho e a atenção de todos, especialmente ao senhor Wanderlei Alves dos Reis, sua esposa e filhos, a sociedade, a imprensa, os médicos do corpo clínico, os profissionais de saúde e demais colaboradores, que com dedicação e respeito atuaram de forma intensiva e completa, aplicando todos os recursos e técnicas disponíveis, nada faltando ao paciente durante todo o tratamento", diz o comunicado.
BIOGRAFIA
Mineiro de Cajuri, Vanderley Alves dos Reis nasceu em 2 de outubro de 1945. Ainda pequeno, mudou-se para Juiz de Fora, antes de partir para o Estado do Rio de Janeiro, onde construiu sua carreira.
Em Volta Redonda (RJ), Wando --apelido dado por sua avó-- trabalhou como motorista de caminhão e feirante. Naquela época, já se dedicava ao violão e tocava em grupos de bailes locais.
Em 1973, foi descoberto por Nilo Amaro. Com ele compôs "O Importante é Ser Fevereiro", canção gravada por Jair Rodrigues, que também deu voz a outra de suas canções, "Se Deus Quiser". Roberto Carlos, Ângela Maria e Originais do Samba também interpretaram letras de Wando.
No mesmo ano, lançou seu primeiro compacto, com a música "Maria, Mariá", e seu primeiro álbum, "Glória Deus No Céu e Samba na Terra".
Mas foi em 1974, com o disco "Moça", que conheceu o sucesso --vendeu 1,2 milhão de cópias. Ao lado da faixa título desse segundo trabalho, "Fogo e Paixão", do disco "O Mundo Romântico de Wando" (1988), está entre os maiores hits do cantor.
Wando fez do romantismo sua marca registrada. Símbolo da música brega brasileira, falava de amor, mulher e sexo em suas letras, e tornou-se conhecido por colecionar calcinhas de fãs.
Seu último disco de inéditas, "Romântico Brasileiro, Sem Vergonha", foi lançado em 2005.
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