Todo esse marasmo derramado sobre mim, só pode ser um efeito pós-campanha. Muito trabalho e depois, muito descanso. Merecido, acreditem!
Refletindo sobre o que passou, e pensando no que poderá vir, digo que fiz o que tinha que fazer. Embora existam pessoas que andam dizendo coisas que não são boas a meu respeito, permaneço o mesmo, com a minha indole, minha moral intacta, e procuro administrar isso da melhor maneira possível.
A experiência é algo que, realmente, não tem preço. Conheci de perto, um pouco do que o poder e o dinheiro são capazes de fazer com a cabeça dos homens. Tem coisas que não se ensinam, pois é preciso vivê-las para aprender e conhecer.
Muitos diziam para que eu me engajasse na situação, mesmo eu dizendo que não estava concordando com as ações situacionistas locais; outros me diziam para ficar de fora, que não entrasse em política; e outros me orientaram a ficar em cima do muro, pois quem ganhasse, me veriam com bons olhos. Ou pelo menos, não me veria com maus olhos.
Pensei, pensei e decidi: Sou um homem de luta! Luto pelo que acredito, e sempre fui assim.
Pois bem. Depois de tanto lutar por mais de 03 meses, ficou uma sensação de vazio devido a ausência de lutas, de encontros e desencontros. Mas aos poucos a vida volta ao normal, e as batalhas são outras, casa, comida, família, contas, e etc... Concluo: A vida é uma incansável batalha, onde os fracos não tem vez!
Aos poucos esse vazio se preeche, e vem sendo substituído com novos ideais, alcançando a sensação de dever cumprido. Aos poucos o desejo por novos desafios tomam conta do meu panorama. Estou certo de que os dias passam, e o mundo continua a girar.
Tenho recebido inúmeros e-mails, telefonemas e visitas de pessoas querendo saber mais sobre as eleições, sobre os candidatos, e muitos, em torno de uns 60 ou mais, demonstrando interesse em engajar-se na política local. Me impressiona a quantidade de jovens que voltaram a interessar-se por política, e demonstram interesse de lutar por melhorias, pelas pessoas e pela cidade.
Não imaginei um dia me ver tão envolvido com a política, mas me sindo bem fazendo-a, vivendo-a. Sou partidário do pensamento de que a política é algo que beira o sagrado, pois é quando alguém investe-se na condição de cuidar de toda uma coletividade. Embora eu a veja dessa forma, sinto que o homem ainda precisa evoluir um pocuo mais, e eu não estou fora disso. Essa evolução, gira, primeiramente, em torno da discussão sobre a ética e outras virtudes, como a honra, a honestidade, a justiça, enfim...
Acredito que todos deveriam se ligar um pouco mais com a política, para que assim, os bons assumam o controle que está nas mãos dos maus. Afinal, é da política que nascem muitas benecesses para a sociedade de modo geral. Isso deve acontecer devagar.
Definitivamente, como sempre vinha dizendo, Sobral vivenciou e ainda está a vivenciar um marco na sua história política. Lembro-me bem da intensa habilidade do escritor Lustosa da Costa, que tão bem descreveria este momento, registrando-o em suas polidas linhas.
A história é algo que se escreve no dia após dia; o serviço prestado é algo que se presta, e um dia tudo tudo tem seu começo e seu fim; o apoio popular, é algo que se conquista; a insatisfação gerada no povo, não é algo que se apague num estalar de dedos.
Um político para se engrandecer, basta estar perto do povo; para se destruir, basta afastar-se.
Alegria, alegria! Repare que já vem surgindo o sol da democracia!
E a vida segue...
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