Com o título “Peçamos à Fifa”, eis um trecho do artigo do professor Francisco Duarte, do município do Crato (Região do Cariri). Ele cita contradição do Governo do Estao de informar não ter condições de atender às reivindicações salariais dos professores em greve e estar investindo pesado em obras como a reforma do Castelão. Confira:
Somos sabedores dos significados do futebol para o povo brasileiro. Alguns alegam ser um dos poucos instrumentos de lazer da massa trabalhadora. Outros o consideram como uma máquina geradora de negócios (exploração de marcas, “vendas e compras” de jogadores, propaganda de uma infinidade de produtos, oportunidade de renda para vendedores nos estádios, etc.). Um terceiro segmento o ver como aparelho de dominação ideológica, funcionando como um potente anestésico no alívio do sofrimento ao qual boa parte da população é submetida.
Ponto comum é a quantidade de recursos movimentada para dar suporte aos eventos relacionados a essa atividade esportiva pelo mundo afora e, em especial, no Brasil, em virtude dos preparativos para a realização da Copa do Mundo de 2014. Num primeiro momento, estimou-se o orçamento em doze bilhões de reais (R$ 12.000.000.000,00), que seria bancado pela iniciativa privada. Como essa não viu perspectiva de retorno (lucro) a curto prazo, abandonou a maioria dos projetos, cabendo aos governos(nós) assumi-los. Não falta dinheiro. Atinando-se ao caso do Ceará, que ora vivencia uma greve de professores (as) por melhores salários, o governo alega não poder atendê-los em função da sua arrecadação ser insuficiente. Por outro lado, só na obra de reforma do estádio Castelão,está gastando-se algo mais do que quatrocentos milhões de reais( R$ 400.000.000,00). Isso em um Estado em que a maioria da população ou vive na miséria ou na extrema pobreza.
Além do mais, a nação está se submetendo aos ditames da FIFA. Até mesmo a nossa soberania está sendo aviltada. Essa entidade exigiu que as obras de infra-estrutura para o evento, não sejam submetidas à Lei das Licitações (8666/93), alegando que as mesmas poderiam sofrer atrasos, em função da burocracia. Não achando pouco, a hermética entidade, mandou os governantes brasileiros suspenderem alguns artigos do Estatuto do Torcedor (10671/03) durante as partidas. Quanto prestígio! Quanta força! A FIFA conseguiu ajoelhar a nossa elite governante.
Então, amadas e amadas pares brasileiras, vamos pleitear à FIFA as nossas demandas sociais e econômicas. Sendo assim, teremos ao nosso lado essa enigmática senhora, a quem, até presidentes de republicas e governadores, pedem as bênçãos e devotam tanta submissão!
* Professor Francisco Duarte
Crato-CE
Somos sabedores dos significados do futebol para o povo brasileiro. Alguns alegam ser um dos poucos instrumentos de lazer da massa trabalhadora. Outros o consideram como uma máquina geradora de negócios (exploração de marcas, “vendas e compras” de jogadores, propaganda de uma infinidade de produtos, oportunidade de renda para vendedores nos estádios, etc.). Um terceiro segmento o ver como aparelho de dominação ideológica, funcionando como um potente anestésico no alívio do sofrimento ao qual boa parte da população é submetida.
Ponto comum é a quantidade de recursos movimentada para dar suporte aos eventos relacionados a essa atividade esportiva pelo mundo afora e, em especial, no Brasil, em virtude dos preparativos para a realização da Copa do Mundo de 2014. Num primeiro momento, estimou-se o orçamento em doze bilhões de reais (R$ 12.000.000.000,00), que seria bancado pela iniciativa privada. Como essa não viu perspectiva de retorno (lucro) a curto prazo, abandonou a maioria dos projetos, cabendo aos governos(nós) assumi-los. Não falta dinheiro. Atinando-se ao caso do Ceará, que ora vivencia uma greve de professores (as) por melhores salários, o governo alega não poder atendê-los em função da sua arrecadação ser insuficiente. Por outro lado, só na obra de reforma do estádio Castelão,está gastando-se algo mais do que quatrocentos milhões de reais( R$ 400.000.000,00). Isso em um Estado em que a maioria da população ou vive na miséria ou na extrema pobreza.
Além do mais, a nação está se submetendo aos ditames da FIFA. Até mesmo a nossa soberania está sendo aviltada. Essa entidade exigiu que as obras de infra-estrutura para o evento, não sejam submetidas à Lei das Licitações (8666/93), alegando que as mesmas poderiam sofrer atrasos, em função da burocracia. Não achando pouco, a hermética entidade, mandou os governantes brasileiros suspenderem alguns artigos do Estatuto do Torcedor (10671/03) durante as partidas. Quanto prestígio! Quanta força! A FIFA conseguiu ajoelhar a nossa elite governante.
Então, amadas e amadas pares brasileiras, vamos pleitear à FIFA as nossas demandas sociais e econômicas. Sendo assim, teremos ao nosso lado essa enigmática senhora, a quem, até presidentes de republicas e governadores, pedem as bênçãos e devotam tanta submissão!
* Professor Francisco Duarte
Crato-CE
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