quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Uma Reflexão Sobre os Pequenos Consumidores


Educar nunca foi tarefa fácil para pais nem para os educadores mais experientes, principalmente no que diz respeito ao consumo.
E aí está o maior desafio para os educadores: como integrá-las à educação formal e ajudar o jovem a ter uma visão mais crítica sobre o que consome? vale uma reflexão sobre a delicada relação que a criança tem estabelecido com o consumo.
Nesses novos tempos, crianças de todo o mundo têm consumido cada vez mais diferentes mídias. Apesar da influência das novas mídias e da internet, vale destacar que, no Brasil, é a televisão que ainda dita tendências de consumo. A criança brasileira é uma das campeãs mundiais no tempo médio diário que assiste à tevê.
O problema é que essa mídia educa para o consumo sem reflexão, e não para a cidadania. O grande problema está no fato de que as crianças são seres em desenvolvimento psíquico, afetivo e cognitivo. A maioria delas, até os 12 anos, ainda não tem a capacidade crítica e confundem muitas vezes publicidade com conteúdo da programação.
A publicidade dirigida ao público de até 12 anos de idade gera impactos bastante negativos ao desenvolvimento infantil saudável, pois contribui para o aparecimento de problemas como o consumismo, a erotização precoce, os transtornos alimentares, a obesidade, o estresse familiar, o consumo precoce de álcool, a violência e a diminuição das brincadeiras criativas, entre outros.
Em relação ao consumo precoce de álcool, estudo da Fapesp de 2009 mostrou que 62% dos adolescentes afirmaram ter sido expostos quase todos os dias, até mais de uma vez, a publicidades de bebidas alcoólicas. Não é coincidência que a idade na qual se inicia o consumo regular de bebidas alcoólicas no Brasil esteja entre 12 e 14 anos.
Hábitos consumistas e valores materialistas que priorizam o ter em detrimento do ser. O individual acima do coletivo. A competição em vez da cooperação.
Educar, assim, é um ato político. Essa é a base para uma educação voltada para o consumo responsável. Precisamos começar a mudar nossos próprios hábitos de consumo, além de educar nossas crianças para que tenham responsabilidade ao comprar.

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